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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Game Of Thrones - Fim da sexta temporada

A explosão do Septo de Baelor foi a grande cena do fim da temporada!
chegamos ao final de mais uma temporada de Game Of Thrones. Eu nunca falei sobre a série aqui no blog, mas sou super fã dos livros e da versão da HBO para a TV. Como ando postando muito pouco por aqui nos últimos anos, resolvi ressuscitar o blog com uma análise do último episódio da sexta temporada. Espero manter uma frequência mais assídua de postagens a partir de agora também. 

Então vamos lá! Aliás, antes de começarmos, aviso que aqui vai ter muitos SPOILERS. Se você não acompanha a série ou não quer saber de nada por não ter visto todos os episódios ainda, pare por aqui!

O décimo episódio da sexta temporada foi simplesmente perfeito! Muito triste pelos Tyrell... Mas eu bem que desconfiava que a Margaery ia se dar mal e a Cersei se livrar de tudo de maneira pirotécnica. Interessante a serenidade de Olenna Tyrell diante dos fatos. Atriz fantástica e personagem mais incrível ainda. Outro ponto maravilhoso desse episódio foi a trilha sonora... O som "crescente" que vai do começo, com a chegada das pessoas para o julgamento, até a explosão, criou o clima perfeito para a cena de destruição do Septo!
Sobre a situação no norte os trailers conseguiram enganar a todos, com uma possível "rainha do norte" na pessoa da Sansa. Ela abriu caminho para o Jon sem pestanejar e acabou com os planos do Mindinho de conquistar o trono com o Vale e o Norte. Foi legal o lance da "Torre da Alegria" confirmar Jon como filho da Lyanna e do Rhaegar, até porque ninguém aguentava mais esperar por isso. Rsrs. 
Em Dorne todo mundo já sabia que o Varys ia firmar um acordo para a chegada da Dany, a surpresa foi envolver os Tyrell mesmo.
Sam finalmente chegou a VilaVelha. Que cenário lindo, meu Deus! Os produtores se superam a cada episódio. O lance da Arya nas gêmeas não me deixou feliz. Eu preferia uma morte mais terrível para toda a família Frey, e não só para os três mortos. Mesmo assim fiquei feliz do velho Walder ter jantado a carne dos filhos e ter morrido com a garganta cortada, exatamente como a Catelyn (minha personagem preferida da série) morreu.
E Daenerys, bem, ela sempre resolve tudo, sempre vence, mas a cena dos navios rumo a Westeros (dessa vez realmente indo para Westeros) foi magnífica, embora meio repetitiva, mostrando a força da frota que vai levar problemas para os Lannisters. Esses últimos, por sinal, estão fritos. Só sobraram as Terras Ocidentais e as Terras da Coroa ao lado deles. Cersei não terá um reinado longo, perderá tudo em breve.
Agora é aguardar mais um ano.
Sofrendo desde já! Rsrs
E é isso. Espero aparecer por aqui com mais frequência. Grande abraço!
;)


terça-feira, 9 de junho de 2015

O dia do juízo final


Naquele apocalíptico dia, diante dos 130 bilhões de almas que adormeceram e esperaram pacientemente durante milênios, eis que o Rei dos Reis, o Pai do Mundo apareceu diante de todos!
Foi um choque sem precedentes...

Uns viam uma mulher com muitos braços, outros um velho com barba, alguns uma bela senhora negra coberta de diamantes, e houve até quem visse um elefante com um chapéu engraçado. A agonia foi generalizada. Afinal de contas, quem era aquele e o que seria de cada um que ali se encontrava?
Deus-Pai sabia que precisava agradar a todos, e por isso tomou a seguinte decisão: não julgaria ninguém, não condenaria ou salvaria qualquer um dos finados, mas daria de presente para eles tudo aquilo que pregaram e defenderam durante a vida.
Dessa forma, muita gente escapou da condenação eterna pelo simples fato de não acreditar nela. Vejamos os fatos:
Os ateus foram os primeiros a se salvar! Deus-Pai viu bondade e boas ações na maioria daqueles corações, riu da dúvida que despertara em todos, e lhes garantiu passagem ao paraíso sem perguntas ou protestos; foi a única solução que encontrou, pois apesar daquelas pessoas não acreditarem numa vida eterna, haviam pregado o bem para todos. Além disso, as almas eram eternas, deram trabalho para ser fabricadas e Deus-Pai não ia simplesmente jogar seu trabalho, tão bem acabado, fora. Assim, foram salvos!
Boa parte dos Cristãos piedosos receberam guarida também, sendo salvos sem protestos. O problema é que, infelizmente, muitos haviam pregado sobre o fogo eterno para quem pecasse. Como de "pecadores" a Terra está cheia, lá se foram muitos Cristãos para o fogo eterno, afinal, eles pregaram isso durante toda a vida, seria injusto que recebessem algo diferente.
Os Cristãos homofóbicos tiveram um fim terrível. Alguns eram gays enrustidos, e como pregavam a morte e o esquartejamento dos gays durante a época em que viveram, foram jogados no calabouço eterno, sentados no colo de satanás e tomando banho de ácido com enxofre. Nem um deles conseguiu alcançar o paraíso, afinal, buscaram o inferno durante a vida inteira.
E assim seguiram o mesmo caminho todos os religiosos, não importando sua fé ou crença. Quem pregou o bem foi para o paraíso; quem pregou o inferno, lá se instalou rapidinho.
Os últimos a terem seus destinos decididos foram os gays. A galera chegou animada, com confete, purpurina, muita dança e alegria. Deus-Pai achou aquilo fantástico, e resolveu que melhor decisão não poderia ser tomada: sem pestanejar, seguiu atrás do trio com a rapaziada, rumo aos andares mais altos dos céus. Era daquela gente que ele se orgulhava, e por isso para junto de si os carregava.
O dia do juízo final, que não era eterno, logo chegou ao fim. Os anjos, embasbacados, presenciaram uma grande procissão de mão dupla:
Extremistas desceram a ladeira para o andar de baixo e enfrentaram a sua sina; a galera da Parada subiu com confetes e muita purpurina para o andar de cima.
Deus-Pai riu, “e viu que aquilo era bom”...
-- Thiago Amorim

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Metrópolis e as correntes urbanísticas dos séculos XIX e XX

Em um mundo futuro (ou na visão do que seria o futuro no distante ano de 1927) uma sociedade é marcada pela abundância para alguns e a miséria extrema para outros. Enquanto os operários vivem marginalizados, excluídos e explorados em um submundo de sofrimento e abandono social, uma minoria abastada desfruta das delícias de um mundo de conto de fadas: Metrópolis, a grande cidade do futuro, a nova torre de babel, controlada pelo megalomaníaco industrial, Joh Fredersen, que traz em seu âmago as agruras da industrialização nas sociedades modernas. Parece ser o destino de toda a criação humana, de toda a condição de exploração existente e ainda por existir. Tornada rica, incrivelmente poderosa, e assentada sobre a miséria de milhões de operários, a cidade reluz como o farol do desenvolvimento, do crescimento econômico, da riqueza sem fim.

Apesar de a história se passar num futuro distante (que hoje é bem próximo de nós, já que no filme o ano é 2026) a sociedade mostrada em Metrópolis não está tão longe assim, nem é tão inalcançável. É na verdade uma caricatura do mundo de meados do século XIX e início do XX. É a Nova York, a Londres, a Paris, a Viena, a Berlim: As cidades-sede do capitalismo financeiro mundial, e também da miséria mundial naquela época. E assim, como essas famosas e gigantescas urbes modernas, a cidade se divide em dois mundos, dois espaços de convivência, de trabalho e de poder distintos.

Sobre a superfície, em edifícios reluzentes e gigantescos, rodeados pelo jardim dos filhos, está a elite abastada ao lado de seus funcionários mais próximos. Essa classe, a dos grandes industriais e financistas capitalistas, dispõe de uma excelente infra-estrutura urbana, com maravilhas arquitetônicas e marcos urbanísticos. A metrópole da superfície nos lembra os planos traçados para as grandes capitais do mundo, com teatros, estádios, largas avenidas e gigantescos complexos esportivos. É também a cidade dos automóveis, os quais são utilizados em larga escala para movimentação dentro da cidade.

A Metrópolis dos ricos aproxima-se assim dos frutos das “maravilhas” da corrente City Beautiful, que se espalhou pelo mundo do início do século XX até os anos 1940. As reformas urbanas promovidas por esse movimento, no geral, trouxeram melhorias para os centros urbanos, mas esqueceram dos oprimidos pelo sistema, os colocando às margens das cidades. Os planos de Speer para a Berlim de Hitler se assemelham tanto a Metrópolis, que é como se o arquiteto tivesse se inspirado livremente nela.

Metrópolis ainda bebe da corrente progressista, de uma forma que deixaria Le Corbusier fascinado. Grandes torres se projetam no centro da cidade; vias e avenidas destinadas a um grande fluxo de veículos são encontradas como navalhas a cortar toda a zona urbana. Na cidade ainda pode-se ver poucos marcos do passado, como se a antiga cidade ali existente houvesse sido arrasada, e substituída pelos espigões de concreto, aço e vidro.

Plan Voisin - Corbusier
O “Plan Voisin” de Corbusier propunha uma situação parecida para a Paris de sua época, com a demolição do passado arquitetônico da cidade, e a substituição do seu tecido urbano por largas avenidas e arranha-céus modernos. Nesse plano, poucos dos marcos arquitetônicos do passado de Paris sobreviveriam como a Catedral de Notre Dame e o Arco do Triunfo. Em Metrópolis, o único vestígio do passado é a gigantesca Catedral da cidade e uma casa esquecida, onde mora o cientista criador do robô que substituirá Maria e trará o caos para as ruas da cidade.

O zoneamento, característica forte do modelo urbanista progressista, como nos projetos e ideias de Garnier, por exemplo, é também parte integrante da cidade, que é dividida em zonas específicas: de diversão, de esportes, industrial, moradia e serviços. Dentre essas zonas há uma que está completamente dissociada da ideia do que seria conforto urbano. Metrópolis tem uma zona subterrânea, lugar destinado à moradia da mão-de-obra barata que sustenta o sistema sobre o qual a cidade está assentada. Ela soa como uma metáfora para o submundo de privações enfrentado pela classe trabalhadora.

Para o movimento pré-urbanista sem modelo, esse local é o ponto em que se encontram a miséria e a degradação humana, o local da noite apavorante. Os indivíduos que ali residem experimentam todo o tipo de horrores, inclusive a negação de si mesmos. A situação de vida dos operários é absurda. A ditadura das máquinas, da jornada de trabalho, só não é pior que a poluição a qual estão sujeitos. As enormes engrenagens do gigantesco maquinário parecem um antigo Deus furioso, a receber sacrifícios humanos para a própria glória. 

Ali não existem pessoas, mas sim uma massa compacta e repetitiva, em traje eterno de trabalho. As terríveis condições de vida e trabalho a que essas pessoas estão sujeitas, são mostradas durante o decorrer do filme, e ainda mais específicas na fala de um personagem: “Pai, essas dez horas nunca acabam?”. Os acidentes são comuns, mas tratados com displicência pelos diretores e pelo próprio Joh Fredersen. A massa de trabalhadores está sujeita a ser substituída imediatamente para o caso de haver problemas, o que a torna completamente dependente e submissa aos desmandos do grande industrial.

Os sete pecados capitais
Em um ambiente tão degradante, é de se esperar que uma revolução acontecesse. Mas a semente de revolta que Marx gostaria de presenciar, surge de forma tímida e pouco convincente em Metrópolis. Os trabalhadores não têm consciência de classe, e são controlados pelas ideias de uma “profetiza” de nome Maria. A moça diz que o mundo é injusto porque “mãos e a cabeça não se entendem”, e fala sobre a vinda de um mediador que mudará tudo: “o coração”.

A exploração é retratada no filme de forma realista, evocando o sofrimento e a quase escravidão vivida por todos. Metrópolis é comparada a Torre de Babel e ao seu infeliz destino, mas não parece evocar uma revolução como a feita, no decorrer do próprio filme, pelos escravos que construíram a malfadada torre. Os trabalhadores, portanto, são vistos como incapazes de lutar por novas condições de trabalho. Eles deveriam esperar pela redenção vinda de um “mediador” que mudaria tudo e poria melhores termos entre patrões e empregados. O mediador surge na pele do próprio filho de Joh Fredersen, que se apaixona por Maria e experimenta as privações dos trabalhadores na indústria.

O filme ainda explora os perigos da ciência. O cientista maluco, sedento por vingança, que quer punir Frederser por lhe ter roubado o amor da sua vida: Hel. A criação de um robô, aquele que poderia substituir os trabalhadores, é utilizada de forma nefasta por Fredersen e pelo cientista, na tentativa de confundir e ludibriar os trabalhadores. Maria é substituída e o caos se afigura diante de todos.

Mais uma vez o filme se mostra “morno” diante da revolução. As primeiras greves e revoltas de trabalhadores se caracterizaram pelo ataque às máquinas e fábricas, pois todos acreditavam que ambas fossem a causa do desemprego e das cruéis condições sociais as quais estavam submetidos. Em Metrópolis a história se repete, mas só até certo ponto: os trabalhadores são incitados a fazer isso pela “Maria robô”, e não se revoltam contra o patrão. Eles o temem; não estão dispostos a brigar diretamente com ele. O ataque às máquinas soa como uma tentativa desesperada de demonstrar força, mas tudo isso se esvai ao se depararem com o industrial.

Assim, a semente da revolta morre com o confronto cara a cara entre os trabalhadores e o empregador. O mediador, o filho de Joh Fredersen, consegue fazer os lados dialogarem, se aproximando das ideias socialistas utópicas de Fourier, e que jamais funcionariam no sistema Capitalista, visto que o mesmo precisa explorar a mais-valia dos trabalhadores para continuar existindo.

Há ainda uma mensagem mais obscura sobre a revolta: os próprios trabalhadores levam o perigo para as suas casas devido à revolução, com a inundação e destruição de suas moradias, num claro sinal de que a revolução traria mais perigo que o que todos já experimentavam.


No fim das contas, o filme transforma o próprio industrial em um refém da ciência, e passa uma mensagem vazia de revolução. Não há lideranças entre os trabalhadores, e sim peões num tabuleiro de xadrez; o rei continua manipulando a todos!

-- Thiago Amorim

sábado, 14 de julho de 2012

Vive La Révolution


Ela não foi a primeira e muito menos a última, mas talvez tenha sido a mais influente da história mundial. A queda da nobreza, a perseguição ao clero, o extermínio do rei e a ascensão da burguesia foram choques tão profundos nos velhos e enrijecidos estados europeus, que a tornou a mais lembrada das insurgências populares até os nossos dias. Seus ideais de “liberdade, igualdade e fraternidade” perduraram pela história, servindo de modelo para inúmeras outras revoluções pelo mundo, e inspiraram a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A liberdade guiando o povo - Delacroix
Estou falando da Revolução Francesa de 1789 que, tradicionalmente, é comemorada no dia 14 de julho, data na qual a velha prisão da Bastilha, símbolo do poder real e um depósito de armas, foi tomada em Paris. Mas é claro que tudo não se resume a um único dia. Na verdade a data é simbólica, já que a população francesa se mantinha inquieta e se revoltara contra o clero e a nobreza meses antes, até mesmo anos antes.

Tudo começa ainda no século XVII, quando os ingleses fizeram sua própria revolução e exterminaram o seu rei. Entretanto, naquele país, as coisas se reorganizaram e um novo rei foi colocado no trono, sendo controlado pelo parlamento. Era o fim do absolutismo monárquico na Inglaterra, e o começo dos problemas na França, já que os ideais do iluminismo se difundiam cada vez mais pelo continente europeu. No próximo século, as colônias inglesas na América se revoltariam contra a metrópole e com ajuda do Rei Francês conquistariam sua independência.
A Tomada da Bastilha - Jean-Pierre Houël
A atitude francesa era no mínimo excêntrica, afinal o país mantinha sua população em petição de miséria, e a explorava absurdamente, indo contra qualquer ideia de liberdade. A sociedade francesa estava dividida no que se chamavam os “três estados”: a nobreza e o clero não trabalhavam e formavam o primeiro e o segundo, enquanto o populacho (comerciantes, burgueses e camponeses), que de fato trabalhava, formava o terceiro. Assim era a sociedade do “caridoso” rei: de um lado uma miscelânea de palácios, nobres, perucas e marionetes reunidas sob um único teto, o suntuoso palácio de Versailles, e do outro, a massa empobrecida e explorada para manter o luxo e o poder do reino.

Galeria dos Espelhos - Versailles
Tais condições não se manteriam indefinidamente. Os louvores ao rei em pouco tempo se transformariam em uma gritaria por pão e direitos, e o isolado monarca seria levado para Paris. Bastou uma frustrada tentativa de fuga para a Áustria, rapidamente interceptada, para selar o destino da família real: Rei e Rainha seriam guilhotinados em praça pública, o herdeiro trancado e esquecido, e o povo impediria qualquer um de falar suas últimas palavras.

Aquele povo que honrava e amava seu rei simplesmente lhe virou as costas, mas não sem antes ter sido abandonado pelo mesmo. Sim, abandonado. Para a sociedade europeia da época, rei e nação eram um único organismo, e a fuga do monarca mostrara que cabeça e corpo haviam se separado indefinidamente. Por isso nenhum peso de consciência impediu que as cabeças reais rolassem sob o julgo da guilhotina.

Os meses e anos seguintes à revolução foram difíceis e tumultuados, e o fim do absolutismo monárquico foi substituído pelo início da autocracia imperial. A França se tornaria um império forte à custa da conquista e destruição de diversos países europeus. Napoleão, levado ao poder graças às loucuras do pós-revolução, seria um Imperador itinerante e belicoso, acabando por ser esmagado sob o próprio peso.

Código Napoleônico - Primeira página
Apesar do “governo do povo” ter sido exterminado pouco tempo depois do fim da monarquia, os frutos da revolução não seriam esquecidos. Até mesmo o Império napoleônico legou direitos na sua constituição que perdurariam até os dias de hoje, todos baseados nos princípios da Revolução. E após mais um século de tumultos e revoltas, a França chegaria ao século XX como um poderoso estado democrático.

Analisando a história do mundo nos últimos dois séculos, é impossível não traçar um paralelo com a Revolução Francesa. Governos que pareciam eternos foram derrubados pelo povo; verdades absolutas foram desmanteladas e novas perguntas surgiram. No início do século XX o Império Russo foi implodido por uma revolução.

Hoje, no início do século XXI, diversos países árabes revoltam-se contra seus governantes absolutistas. A ligação entre essas manifestações e aquela do fim do século XVIII é mais que notória, é inspiradora. Os ideais da Revolução Francesa, que em 2012 completa 223 anos, nunca estiveram tão presentes!

Grande abraço!

-- Thiago Amorim

Para saber mais:

A Era das Revoluções” – Hobsbawm

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Aos amigos!



A quinze dias do fim o cheiro de mofo impregna tudo... O ano, que ao término do que passou era novo, não é mais o mesmo, é apenas um moribundo prestes a desencarnar. E como em tudo que acaba, há o lamento, a nostalgia; não importa o quão ruim o defunto tenha sido.

Diante do novo o repertório se repete. Surgem mais uma vez as expectativas, os desejos, as emoções. A esperança de que tudo será bom, que a vida irá melhorar, que o ano que nasce trará paz e bonança. O momento é de olhar para frente, de conformar-se com o que aconteceu e sonhar com um futuro melhor; mais uma vez.

O eterno ir e vir do tempo nos deixa frustrados, animados, pensativos, cansados, felizes; tocados e emocionados com mais do mesmo. Não fosse a existência da amizade essa perpetuação contínua de flashbacks tiraria o sentido da nossa existência.

Para quem não sabe o perseguido e famoso “sentido da vida” está na maneira como nos relacionamos com os outros. Nos amigos que fazemos; nas experiências que trocamos.

Esse ano foi muito difícil em diversos aspectos. Ganhei algumas coisas, perdi muitas outras. Mas o que importa é o grande número de pessoas que conheci, as amizades que construí, e as que mantive firmes, mesmo com seus percalços e contratempos. 

Assim, agradeço aos meus queridos e amados amigos, aqueles sem os quais não poderia viver; sem os quais não valeria a pena viver. Obrigado por me acompanhar nessa caminhada, por me fazer feliz... 

Grande abraço!

-- Thiago Amorim

quinta-feira, 21 de julho de 2011

As Sete Maravilhas de Alagoas


E se durante toda a história diversas listas foram criadas elencando as maiores maravilhas do mundo, porque não criar a nossa? A minha mostra o que nosso Estado tem de melhor para oferecer, de acordo com minha opinião, é claro. Segue abaixo a lista das sete maravilhas de Alagoas. Espero que gostem! Do contrário, fiquem à vontade para eleger as suas próprias...

O “Velho Chico” e seu encontro com o mar é talvez a maior das maravilhas do Estado. As cidades ribeirinhas, os cânions do São Francisco e a beleza do “Nilo brasileiro” são de deixar qualquer um boquiaberto;

O mar! Os invejosos dos outros estados do país costumam dizer que aqui só tem praia e mar. Erraram feio, mas acertaram em divulgar nossas belezas naturais. Em cada lugar do litoral alagoano o Criador foi generoso e nos presenteou com as melhores e mais belas praias do mundo;

Cidades históricas! Água Branca, Maceió, Marechal Deodoro, Penedo, Piranhas, entre outras têm muito que mostrar. Seja na cidade dos marechais ou no rastro do cangaço, a arquitetura de beleza ímpar maravilha aos locais e visitantes desde os tempos do Brasil colônia;

Apesar de ser lembrado como “Estado dos marajás”, Alagoas marca presença no país em outros campos além da política. Seja na música ou literatura, nossa cultura encanta a todos. Entre os grandes expoentes estão Djavan e Graciliano Ramos, sem esquecer é claro da maravilhosa literatura de cordel;

O povo alagoano! Apesar de precisar despertar de uma “apatia política” o povo de Alagoas tem muito potencial. Entre suas melhores características estão a generosidade e a criatividade, elementos essenciais para superar as dificuldades que a vida impõe;

O Sertão! Um dos mais belos ecossistemas do mundo, o sertão oferece belas paisagens em todas as épocas do ano. Cores e perfumes diversos se dividem entre o inverno e o verão, mostrando que a vida prevalece mesmo no mais extremo dos climas;

Santana do Ipanema! Uma lista das sete maravilhas criada por mim não poderia deixar de incluir minha querida cidade. Lugar onde nasci e cresci, a cidade oferece ao visitante o caloroso abraço do seu povo e a maravilhosa comida típica. Encravada no Sertão das Alagoas, as belas paisagens santanenses oferecem trilhas e vistas incríveis do topo de suas serras.

E assim, com as sete maravilhas de Alagoas ditadas, encerro esse post!

Quem não nos conhece, não sabe o que está perdendo...

Abração!

-- Thiago Amorim

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O preconceito que vem de berço

Recentemente tive o desprazer de observar uma cena terrível, daquelas que volta e meia aparecem e não são percebidas ou levadas a sério, mas que deviam ter sim nossa atenção por evidenciar de onde surgem a violência e o preconceito.

Dois garotos caminhavam pela rua. Era um lugar movimentado, de tráfego intenso e muito perigoso. Os menininhos deviam ter cinco ou seis anos cada, e provavelmente eram irmãos. Por medo do trânsito, e evidentemente por companheirismo, estavam de mãos dadas. Uma cena simples, sem conotação de qualquer tipo que fosse.

Mais adiante na rua, infelizmente, estavam uma mãe e seus três filhos, reunidos com alguns vizinhos. Os dois passaram por ali sem imaginar o que viria a seguir.

“Viados, bichas!” Proferiu a péssima senhora e seus amigos. Os meninos olharam para trás assustados e soltaram as mãos imediatamente. “Podem andar agarrados assim não! Isso é coisa de viado.” Falou novamente uma daquelas pessoas. As crianças que estavam junto a elas imediatamente começaram a gritar coisas parecidas, como se hostilizar o outro fosse normal ou correto.

Uma semente havia sido plantada!

Uma semente maligna que traz apenas maldade e sofrimento. Os parentes mais próximos daquelas crianças, que lhes deviam ensinar o que é bom, justo e humano, lhes haviam dado um péssimo exemplo. O preconceito, que jamais nasce com cada um de nós, fora colocado entre eles. Algo que provavelmente os acompanhariam pelo resto da vida. A violência, que geralmente vem nesse “pacote”, a partir de agora seria permitida.

No futuro, mães e pais dirão que nunca ensinaram nada de errado a seus filhos, que não desejavam que fossem cruéis com seus amigos ou “inimigos”.

O lado bom disso tudo é que nem sempre a semente vinga. Ao dobrarem a esquina, os dois irmãozinhos imediatamente seguraram as mãos um do outro novamente. Não foram contaminados pelos adultos que lhes atormentaram. O mal ao menos entre eles não venceu dessa vez!

-- Thiago Amorim

sexta-feira, 11 de março de 2011

O Sertão

A vegetação carcomida pelo sol cáustico; as pedras surgidas do solo morto e ressequido, frutos do clima árido do sertão, dão uma aparência desoladora à paisagem. Animais mortos, lagos secos, seres famintos; povo sofredor, angustiado. O sertão das cores marrom e cinza. Isso é tudo o que se vê; tudo o que se “vende” por aí.

Durante boa parte do ano essa paisagem se transforma e revela um lado fascinante, conhecido apenas por aqueles que vivenciam a mudança.

As árvores, aparentemente mortas, renascem em uma profusão de cores e perfumes. O solo árido torna-se fértil e produz com abundância. O povo anima-se; a festa é grande. A novena é rezada; a padroeira homenageada. A vida segue com fartura e alegria, com a esperança de que tudo será sempre bom. O Sertão lindo, doce e agradável aparece.

É pouco conhecido, não é anunciado. Mas encanta, apaixona, emociona, diverte. O povo daqui o conhece; o povo que ama, que sofre, que ri... O povo do Sertão... O Sertão...

-- Thiago Amorim

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia da mulher!

No dia oito de março comemora-se o dia internacional da mulher. Em homenagem a tão importantes seres, resolvi expor aqui uma mensagem que me emocionou há alguns anos. É um poema escrito por Sam Levenson e adotado pela maravilhosa atriz Audrey Hepburn...

Espero que gostem!

Abração!

O texto a seguir foi lido pela atriz no natal de 1992 para os seus filhos. Também há um trecho do Talmude que revela a importância da mulher...




"Segredos de beleza de uma mulher (Sam Levenson)



1 - Para ter lábios atraentes, diga palavras doces;

2 - Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas;

3 - Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos;

4 - Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar os dedos neles pelo menos uma vez ao dia;

5 - Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinha;

6 - Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; jamais jogue alguém fora;

7 - Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos, porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar ao próximo;

8 - A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para o seu coração, o lugar onde o amor reside;

9 - A beleza da mulher não está na expressão facial, mas a verdadeira beleza de uma mulher está refletida em sua alma. Está no carinho que ela amorosamente dá, na paixão que ela demonstra;

10 - A beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos.

O Talmud é um livro onde se encontram condensados todos os depoimentos, ditados e frases pronunciadas pelos Rabinos através dos tempos. Há um ditado que termina assim:

'Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta todas as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada.'"


Que todas as mulheres tenham um dia, uma semana, um ano, e uma vida maravilhosas. Que coisas horríveis como a caça às bruxas da Idade Média, a repressão costumeira e o abandono presente em todas as eras da humanidade jamais se repitam... Que as mulheres sejam valorizadas como realmente merecem!

Feliz dia 08 de março! Feliz dia da mulher!

-- Thiago Amorim

sábado, 1 de janeiro de 2011

Século XXI


Em uma cidade perto daqui há um monumento que me chama bastante atenção. Nele está escrito uma mensagem de saudação, vindo das pessoas do século XIX para as pessoas do século XX. Não sei a sua história e os motivos que levaram a sua construção, mas imagino que ele simbolizasse a esperança das pessoas que o idealizaram na nova era que surgia e que, fatalmente, cada uma dessas pessoas jamais presenciaria.

Catorze anos passariam até que as pessoas do novo século tivessem uma prévia do que seria todo o século XX: Uma sucessão de guerras; duas ou três delas guerras mundiais.                                                           

Agora chegamos ao fim da primeira década do século XXI. É interessante pensar sobre isso e imaginar o que as pessoas desejavam para todo o século XX quando da conclusão de sua primeira década. Naquele tempo, assim como no ano da construção do monumento citado anteriormente, muitos nem imaginavam os sofrimentos, as descobertas e as inúmeras revoluções que balançariam o planeta nos próximos cem anos. E aqui estamos nós, cem anos depois desse dia, e dez anos depois do início do nosso próprio século, do século XXI.

Nem carros voadores, nem colônias espaciais. O homem continua ligado a Terra e parece que vai ficar por aqui muito tempo ainda. Os conflitos continuam gigantescos e cada vez mais distribuídos por cada pedaço do planeta. A água nunca foi tão importante e os impactos ambientais tão perigosos.

Mesmo assim, temos do que nos orgulhar. Saúde, educação, segurança. Muitas coisas em muitos lugares avançaram, tornando a vida humana mais fácil. É irônico perceber que apesar de termos evoluído tanto em diversos campos, não avançamos na aceitação ao próximo, na humanidade em si. Alguns ainda vivem com a cabeça na Idade Média, presos a ideias e preconceitos ultrapassados. Mas digo a vocês... Essas pessoas não terão muito futuro nesse novo século. Elas nem ao menos terão muito tempo.

Karl Marx dizia que as novas gerações são assombradas pelas tradições das anteriores, e por causa disso presas a dogmas e convenções que não lhes pertencem, que não deveriam ser importantes. Acredito, entretanto que a partir de agora isso não mais acontecerá. As pessoas nunca tiveram tanto acesso a educação, cultura e informação. As pessoas nunca puderam pensar por si mesmas como podem hoje.

Assim, tenho confiança de que apesar de todos os conflitos e problemas, estamos numa época de mudança profunda, de validação de direitos, do respeito ao próximo, da construção de uma nova humanidade. Com esperança digo que no século XXI a vida será valorizada acima de qualquer outra coisa.

É com essa certeza, com o desejo por dias melhores que finalizo esse texto. Que o século XXI traga apenas felicidade, paz e bonança para todos nós.

Feliz 2011!!!

-- Thiago Amorim

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

IBGE - Censo 2010

Foram dez meses de trabalho, diversão e muita confusão. Tudo começou em março, quando fomos convocados e nos apresentamos para trabalhar no censo 2010. 

A equipe era formada por Glênia, Ciro, Jaciara, Juliana, Jonathan, Aline, Hélvio e eu. Cada um com seu temperamento, com suas particularidades. Confesso que fiquei cismado no início, devido à experiência do censo anterior, quando uma pessoa fez mal a todas as outras. Mas dessa vez tudo correu perfeitamente bem. Sempre fomos muito unidos.

Acredito que amigos são tão importantes quantos nossos parentes, só que com a conveniência de que podemos escolher quais vão estar ao nosso lado. Fiz grandes amigos dentro dessa turma, amigos que levarei para o resto da vida.

Entre os momentos memoráveis do censo 2010, estão o recebimento do primeiro salário (John quase mata as meninas de vergonha no banco); o trote recebido por Jaciara, que quase enlouquece de tanta raiva; as inúmeras vezes em que Aline sumiu com a chave do posto e deixou “chefa” esperando horas e horas por ela; as viagens para diversos sítios do município; os nossos treinamentos (onde descobrimos a grande atriz que Jaciara é) e o treinamento dos recenseadores, onde fizemos grandes amigos também; os barracos causados por “Shineray”, uma moça nem um pouco educada que vivia perto do posto de coleta; enfim, tudo o que aconteceu nesse tempo, e que será lembrado para sempre por cada um de nós.


Devo falar sobre os apelidos também: “jaci, Ceci, Peri”, ou simplesmente “Jaci”; “Zão”, cujo apelido completo só eu e a Jaciara sabemos; “Cabeludo”; “Chefa”; “a simples dona de casa”; “Melancia”; “H-i-p-e-r-a-t-i-v-o”; “Tartaruga de cem anos”; “Baca”; “Satã”; “Helvinho”; “João”; Todos receberam um apelido durante esses dias, e isso nos fez rir muito.

Enfim, a experiência no Censo foi única. Ouço muitas reclamações sobre o IBGE e os problemas que apareceram durante toda a operação censitária. Digo-lhes que a grande maioria é mentira ou exagero, e mesmo com as dificuldades foi muito gratificante todo o período em que fiquei por lá. Todo o trabalho foi bem recompensado, e apesar de alguns empecilhos, fui muito feliz como Agente Censitário Supervisor no censo 2010.

Grande abraço!

-- Thiago Amorim

sábado, 30 de outubro de 2010

A ilha

A ilha é um filme que nos faz pensar sobre como vivemos e a sociedade que estamos construindo. Contando com toda a “pirotecnia hollywoodiana”, com cenas de ação de tirar o fôlego, não perde seus méritos e é de fato uma obra prima da sétima arte. Como nunca mais escrevi alguma dica de filme, resolvi expor sobre esse, que já estreou há alguns anos, mas é interessante e vale a pena ser visto. No pequeno relato abaixo há diversos spoilers* e muito da minha opinião pessoal. Espero que gostem!

Numa antiga base militar americana em meio ao deserto, um complexo futurista guarda um segredo que pode mudar para sempre as relações sociais do nosso planeta. Uma organização ligada ao governo americano diz oferecer a cura para morte através da clonagem. Entretanto, os clientes dessa organização, não sabem que seus clones (ou agnatos, como são chamados no filme) possuem vida social e tem sentimentos humanos.

Para que os clones permaneçam pacíficos e não desconfiem de nada do mundo lá fora, uma série de mentiras é criada, como uma contaminação global onde só eles escaparam, e a existência de uma ilha, na qual todos terão o direito de viver ao ganhar na loteria. Os segredos da organização correm perigo quando os clones começam a desconfiar que tudo o que se passa dentro do complexo é uma farsa. Alguns fogem e é iniciada uma caçada desesperada em busca dos foragidos. Por fim os clones conseguem salvar a todos e destruir a base secreta. A história se passa no ano de 2019.

O filme mostra o que as inovações tecnológicas e cientificas podem trazer de bom ou ruim para a nossa sociedade. Percebe-se no decorrer da história que a tecnologia facilita em vários pontos da nossa vida, como nos setores de transporte, informação, comunicação, segurança e saúde. Mas também revela os perigos de uma “liberação científica”.

A sociedade é enganada devido à maravilha que a ciência proporciona: A extinção da morte ou o prolongamento da vida para quem puder pagar. Os clones são vistos como produtos e tratados de igual forma, havendo de fato uma mercantilização da vida, mesmo quando os clientes não conheçam a verdade sobre o negócio. Dessa forma a empresa prestadora de serviços, ficou livre para atuar da maneira como desejasse sem precisar ser fiscalizada, infringindo diversas leis éticas. A tecnologia cegou o homem, e nesse sentido foi maléfica. Houve a criação de um segundo holocausto, que como o nazista, gerava lucros.

Também é explorado o sentido de alienação. Os clones ficam “cegos”, presos ao seu mundo devido ao grande grau de controle e manipulação que a tecnologia proporciona. Sem saber, os clones trabalhavam para o progresso da instituição e, consequentemente, para suas próprias mortes.

-- Thiago Amorim


*Spoilers são informações que revelam partes, ou o todo, do enredo de histórias e filmes.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Dan Brown

Ele veio sorrateiro, e em alguns anos tornou-se um fenômeno mundial de vendas. Através de suas obras, centenas de outras foram criadas. De quem se trata? Dan Brown, um dos autores de maior sucesso na atualidade. Sua carreira decolou após o estrondoso sucesso do livro “O Código da Vinci” e então todo mundo se interessou por seus escritos. Para quem não sabe, a história desse livro se passa depois dos acontecimentos no Vaticano, no livro “Anjos e Demônios” (que sem dúvida é o melhor de todos).

Há quem o ame e quem o odeie (eu obviamente faço parte do primeiro grupo), por isso resolvi elencar três motivos básicos de por que ler Dan Brown. Eis a lista:

1 - Ler não é apenas estudar, também é divertir-se, e Dan Brown diverte como ninguém mais;

2 - Se você gosta de cinema e tem problema com livros, saiba que ler é muito melhor. Para encorajá-lo a iniciar a leitura, nas obras de Dan Brown estão presentes todos os elementos do cinema (Dan Brown praticamente escreve roteiros para filmes nas suas histórias);

3 - Mistério, suspense, informação? Os livros de Dan Brown deixam você louco, do início ao fim, além de te levar por um passeio ao redor do mundo e da história;

Aconselho que inicie a leitura das suas obras pelo primeiro livro em que aparece o personagem Robert Langdon e, depois de ter lido toda a série, pegue os outros romances. Abaixo, uma breve história de cada um deles:

Anjos e demônios - Antiga sociedade secreta ressurge com o objetivo de destruir a Igreja Católica, criando uma verdadeira guerra entre ciência e religião;

O código da Vinci - Curador do Louvre é assassinado e traz, através do próprio corpo, uma mensagem sobre um código nas obras de Da Vinci, que esconde um grande segredo da vida de Jesus Cristo;

O símbolo perdido - Sociedades secretas e assassinatos, combinação perfeita com Robert Langdon e uma história de suspense do começo ao fim;

Ponto de Impacto - O que aconteceria se descobrissem vida alienígena no planeta? E o que isso teria a ver com a sucessão presidencial americana? Uma história fantástica, com reviravoltas surpreendentes;

Fortaleza digital - Privacidade e segurança existem? Não se um computador da NSA recebeu um vírus poderoso e através disso, informações sigilosas do governo e de milhões de pessoas no planeta estão disponíveis na internet.


Para mim, Dan Brown está entre os melhores escritores de ficção-científica, romance e suspense, na atualidade. Vale a pena conferir!

Grande abraço!

-- Thiago Amorim

Entrevista com Dan Brown pela BBC: